Aquela a que já chamaram...…a “Majestade do Alto Alentejo” é terra de muitos e velhos pergaminhos, sobre ela se escreveu: “O Crato não é uma vila em vão – há nela qualquer coisa que cativa quando se a percorre no seu silêncio artístico e se termina ao lado das suas gentes”.
O seu prestígio remonta ao III milénio A.C., época de comunidades nómadas que deixaram vestígios um pouco por todo o município. No Crato, a Anta do Crato (ou do Couto dos Andreiros), classificada como monumento nacional, é, de entre muitas, a melhor conservada.
A partir deste período...…os acontecimentos foram-se desenrolando de maneira a deixar vestígios da importância e nome de uma vila do interior: as Pontes e Villas Romanas; a Igreja Matriz; o Castelo da Azinheira; o Palácio e a Varanda do Grão Prior da Ordem de Malta; os inúmeros Palácios e Casas Nobres; a Capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso, a Cadeia, entre outros.
Pertencem, também, a esta freguesia mais duas povoações: Pisão e Monte da Velha.
Alguns pormenores de relevado interesse:
– Casamentos Régios celebrados nos Paços do Castelo (Palácio Teixeira Guerra) entre D. Manuel I com D. Leonor (1518) e D. João III com D. Catarina (1525).
– Varanda do Grão – Prior: Ex-libris do Crato, esta varanda e a sua janela remontam ao séc. XVI e constituem o único vestígio do palácio do Grão-Prior que o infante D. Luís mandou erguer. Do período renascentista, é atribuída a Miguel de Arruda e projectado entre 1530 e 1540.
Pisão e Monte da VelhaDois núcleos habitacionais de pequena dimensão, situados a 8 km da sede do município e pertença da mesma freguesia. O primeiro com nome sobejamente conhecido por ser parte da designação de um projecto hidro-agrícola à muito esperado pela população cratense: aBarragem do Pisão.
Igreja de Nossa Senhora dos Mártires: Foi fundada no final do século XVIII sobre outro templo mais antigo – quinhentista – e mais simples. Faz parte de uma série tipológica de templos tardo-barrocos da região e, provavelmente, atribuída ao arquitecto José de Carvalho Negreiro.
Fica isolada no meio de um montado, anualmente, celebra-se a romaria de Nossa Senhora dos Mártires junto a este santuário.
Flor da RosaFlor da Rosa tem a sua mais antiga referência documental datada do ano de 1351. Com pouco mais de 300 habitantes, nesta aldeia predomina a pacatez da sua arquitectura popular e, além da agricultura e da indústria hoteleira como actividades económicas principais, destaque para a olaria tradicional, utilitária na sua essência, é famosa pela hábil conjugação de duas características proeminentes: a frescura e a impermeabilidade. Neste momento possui 14 peças certificadas com imagem e etiquetagem próprias (ver Artesanato).
Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa: Imponente monumento do século XIV, mandado erguer por D. Álvaro Gonçalves Pereira, foi sede da Ordem dos Hospitalários ou Hospital (posteriormente, Ordem de Malta) da qual foi o 1º Prior do Crato.
Fortaleza, Paço Fortificado, Templo e Mosteiro foi, na sua sombra, que cresceu a aldeia de Flor da Rosa. É, neste momento, abrigo do túmulo do seu fundado, do Núcleo Museológico onde se insere o Posto de Turismo e o Núcleo Museológico do Museu Nacional de Arte Antiga e da Pousada de Flor da Rosa.
Vale do PesoUma tradição afirma que Vale do Peso está assente sobre as ruínas de outra povoação que se chamou “Cidade do Peso”, cujo nome derivou de uma pedra de forma airosa, regular e que, pela sua configuração, fazia lembrar um peso antigo. Há, nesta freguesia, indicações arqueológicas, como sepulturas cavadas em rocha e edificações dolménicas, que levam a pensar que este território foi povoado em épocas pré-romanas.
Igreja Paroquial de Vale do Peso: A Igreja Paroquial é um templo muito singelo, de fundação seiscentista. O interior sofreu remodelações em 1660 e na segunda metade do séc. XVIII. Tem como orago a Nossa Senhora da Luz.